domingo, 17 de julho de 2011

Jahu e a Revolução Constitucionalista de 1932


    Por ocasião da revolução redentora dos Paulistas, Jaú deu mostra da sua grande tradição democrática e do seu imenso amor à liberdade. No dia 12 de julho, terça feira, o jornal “O Comércio do Jahu” estampava na sua primeira página: “Constituição pelas Armas”.
Paralelamente, o então prefeito municipal Sinval de Souza Ribeiro e aas figuras de proa da ocasião como Carlos César, Orozimbo Loureiro, Raul Aguiar, Cecil Weiss, Bento Ferraz Prado, José Augusto de Souza e Silva, Alfredo Sérvulo Romão, Apolônio Hilst (pai de Hilda Hilst), Miranda Jr e outros, começaram a exortar a população para o alistamento militar.
O primeiro local de alistamento foi a Academia Horácio Berlink seguida pela Prefeitura Municipal.
A Comissão Municipal de Alistamento ficou a cargo de José Augusto de Souza e Silva, José Toledo de Moraes e Álvaro Gomes dos Reis.
Já na noite de 17 de julho, saudada por uma multidão de cerca de 5000 pessoas, seguiu para São Paulo, no trem noturno, o primeiro grupo de reservistas de Jaú e região. Esse grupo foi incorporado ao 2º Batalhão 09 de julho, formado no Clube Comercial de São Paulo e lutou bravamente na região de Apiaí, Guapiara e depois em Vitorino Carmilo sob as ordens do Cel Tenório de Brito da FP. Tinha perto de 200 componentes.
No dia 27 de julho, ao meio dia, embarcaram para Botucatu os primeiros 160 combatentes que faziam parte da Primeira Companhia do Batalhão Jauense de Voluntários.
No dia 2 de agosto seguia para o mesmo local, porém sobre caminhões, a 2ª Companhia com 108 voluntários. As duas Companhias foram lutar no médio Paranapanema, nas cidades de Ourinhos, Bernardino de Campos, Piraju, Ribeirópolis (Taguai), Taquari (Taquarituba) e Fartura. O Comandante do Batalhão Jauense de Voluntários era o Cel-FP Tubal dos Santos Schneirer.
O Major Ascânio Martins Soares e o Capitão Antonio Carlos de Arruda Botelho foram sub-comandantes (eram civis comissionados)
Muitos outros embarques, menos numerosos, ocorreriam depois.
Além disso, mais de uma centena de outros jauenses foram para a luta incorporados a outros batalhões e estiveram presentes em todas as frentes de batalha.
Nossos mortos foram:
Ascânio Martins Soares (voluntário: morte acidental)
Julio Pinheiro (voluntário: morte decorrente de prisão)
Arsênio Guilherme (soldado PM – morte em batalha)

Texto – Sociedade Veteranos de 32 MMDC de Jaú (Fundada em 23 de maio de 2003


Trecho do Jornal das Trincheiras nº 10 noticiando  a apresentação do aviador  Comandante João Ribeiro de Barros 




Túmulo onde estavam os heróis jauenses, Major Ascânio, Julio Pineiro e Arsênio Guilherme. 
Detalhe do túmulo - Folhas de café, traços do modernismo, espada ereta simboliza "avante" e os dizeres  no Brasão de Armas de São Paulo na época da Guerra "Pro São Paulo Fiant Exima" - Faça-se por São Paulo o melhor. Detalhe, o Brasão correto é "Pro Brasilia Fiant Exima" - Faça-se pelo Brasil o melhor, como estávamos em guerra, faça-se por São Paulo.


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