segunda-feira, 23 de abril de 2012

Festa de São Frei Galvão em Jahu - 06 de maio de 2012

Santo Antônio de Sant'Ana Galvão - São Frei Galvão (1739 - 1822) 
Festa Tradicional do Santo Frei Galvão de Jahu
Data: 06 de maio de 2012 (domingo)
Local : Santuário Santo Frei Galvão (Condomínio Parque Frei Galvão)

Programação

7h - Procissão com saída do cemitério de Potunduva

9h - Grande inauguração do turismo Náutico/Religioso
        Solenidade
        Banda Carlos Gomes - Talentos em Movimento
        Apresentação do Navio Turístico

10h - Missa Campal

Atrações:

Praça de alimentação (churrasco, lanches, macarrão, pasteis, doces, chopp)
Shows sertanejos
Apresentação Off Road (Equipe Trilheiros de Jahu)

Realização
Prefeitura Municipal de Jahu
Secretaria de Cultura e Turismo
Condomínio Parque Frei Galvão


Histórias...

Ainda hoje é possível verificar nas rodovias as chamadas capelinhas ou santa cruzes, locais que marcam  acidentes com vítimas fatais, seja por automóveis ou atropelados. Nas zonas rurais é possível verificar as mesmas capelas, antigas e  maiores, locais que marcam também a ocorrência de algo  trágico,  muitos destes tocaias e acidentes com cobras e outros animais.
Uma certa Santa Cruz a beira do Rio Tietê em Potunduva ostenta além de uma tragédia uma lenda que a tornou alvo de peregrinações até os dias atuais. As peregrinações a este local fez com que os fiéis erguessem uma capela dedicada ao Frei Galvão. Das peregrinações nasceu a tradicional Festa de Frei Galvão realizada no primeiro domingo de maio no Santuário onde são distribuídas as famosas pílulas de Frei Galvão. Registrada  em 1901 pelo memorialista jauense Sebastião Teixeira a narrativa da morte de Manoel Portes marca o início desta História onde Frei Galvão realizara seu primeiro milagre, a bilocação. A canonização ocorrida em 08 de abril de 1997 pelo Papa João Paulo II  transformou Frei Galvão no primeiro santo brasileiro atraindo deste então maiores públicos ao Santuário, principalmente para a grande festa ocorrida no primeiro domingo de maio. Fieis e turistas celebram a  festa no santuário construído próximo da capela antiga – encoberta nos anos 60 pelas barragens do rio Tietê.  


Gravura que consta no livro "O Jahú em 1900"

Assim nos narra Sebastião Teixeira em seu livro "O Jahú em 1900" sobre a lenda de Manoel Portes:

"Sobre o misterioso fato de que esta lacônica inscrição nos dá notícia à tradição refere a seguinte lenda:
Manoel Portes, tendo desastradamente recebido profundo golpe de faca, quando com esta picava o mato, recolhera-se a barraca que armara e alguns passos do rio Tiete, sofrendo grande hemorragia. 
Sentindo a aproximação da morte manifestara ardente desejo de se confessar com Frei Antonio Galvão, virtuoso ministro de Cristo, que achava-se em São Paulo, afim de receber o perdão e tranquilamente entregar a alma a Deus. Momentos depois enorme tufão se forma e Manoel Portes sente o seu espírito comunicar-se ao de Frei Galvão.
- Retirem-se que vou confessar-me, disse aos seus companheiros: Frei Galvão esta diante de mim!
(...)
Acrescenta a lenda que no momento em que o espírito de Frei Galvão fora invocado estava ele predicando a numeroso e fiel auditório na Sé de São Paulo e que interrompendo-se bruscamente dissera que um moribundo o chamava em longínquo e ínvio sertão para consigo confessar-se e ele ia; que os seus ouvintes o esperassem por alguns momentos e orassem pelo moribundo. Ajoelhara-se em seguida e com a cabeça pendida ao peito parecia dormir. Passados alguns minutos retomara a sua posição de orador, comunicara ao auditório que havia cumprido sua missão e continuara a predicação..."


Versões mais recentes (José Fernandes em Vultos e Fatos da História de Jahu, 1953) e os que pesquisaram nele relatam que Manoel Portes era monçoeiro e fora ferido gravemente por um de seus serviçais revoltado com uma ordem brusca que lhe dera. Golpeado é acudido pelos seus companheiros enquanto que o assassino foge. Neste momento agonizante chama por Frei Galvão, que lhe era conhecido de Guaratinguetá, para que este viesse em seu socorro escutando-lhe a última confissão.

Assim relata José Braga (História de Jahu, p.7)

“No exatao momento em que é chamado, Frei Galvão pregava a um grupo de fiéis na cidade de Itu. De repente, ele intenrrompe seu sermão e fala: “Alguém em um lugar distante necessita de meu socorro espiritual e clama pela minha presença. Rezem pela salvação de sua alma”. Após falar isso, permaneceu alguns minutos ajoelhado. Ao mesmo tempo, surgiu no meio da mata, em Potunduva, a figura de um franciscano, na qual reconheceram Frei Galvão. Diriguiu-se  até onde Portes estava e amparou sua cabeça em seu colo. Logo em seguida, Frei Galvão desaparece dentro da mata anes de Manoel Portes morrer. Em Itu, no mesmo momento, Frei Galvão ajoelhado quebra o silêncio e afirma: “Já cumpri minha missão”. E prosseguiu seu sernão exatamente onde tinha parado".

Antiga Capela (2ª Construção de 1948 submersa nos anos 60 pelas comportas do Rio Tietê


Como que se chama esse negócio de estar ao mesmo tempo em dois lugares? Bilocação!

Bilocação


segundo o site da Canção Nova...


"Pelo que consta, o fato ocorreu por volta de 1810, às margens do rio Tietê, no distrito de Potunduva (Airosa Galvão) municipio de Jaú, próximo à Pederneiras e Bauru. Manuel Portes, capataz de uma expedição de vinha de Cuiabá, homem de temperamento instável, castigou severamente o caboclo Apolinário por indisciplina. Ao notar o capataz distraído, o caboclo, por vingança, o atacou pelas costas com um enorme facão, e fugiu. 

Sentindo que a vida abandonava-lhe o corpo, Manuel Portes, no auge de desespero pôs-se a gritar: “Meu Deus, eu morro sem confissão! Senhor Santo Antônio, pedi por mim! Dai-me confessor! Vinde, Frei Galvão, assistir-me! Eis que então alguém gritou, avisando que um frade se aproximava, e todos identificaram Frei Galvão. Assim contaram as testemunhas: “aproximou-se o querido sacerdote, afastou com um gesto dos espectadores da trágica cena, abaixou-se, sentou-se, pôs a cabeça de Portes sobre o colo e falou-lhe em voz baixa, encostando-lhe depois o ouvido aos lábios. 

Ficou assim alguns instantes, findo os quais abençoou o expirante. Levantou-se, então, fez um gesto de adeus e afastou-se de modo tão misterioso quanto aparecera”. Afirma-se que naquele instante Frei Galvão encontrava-se em São Paulo, pregando. Interrompeu-se, pediu uma Ave-Maria por um morimbundo e, acabada a oração, prosseguiu a pregação" 


(Fonte: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=243712)


Antônio de Sant'Anna Galvão, o Frei Galvão é padroeiro dos arquitetos e dos engenheiros 

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