terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Hidroavião Jahú - João Ribeiro de Barros - primeiro piloto americano a atravessar o Atlântico em um voo tripulado sem escalas.

Esclarecimentos sobre a travessia heróica do Comandante João Ribeiro de Barros.






Jornal Folha de São Paulo - 14 de abril de 2011
Hidroavião é sobrevivente único de seu tipo
DO ENVIADO A SÃO CARLOS


Um importante avião que foi salvo do abandono e do descaso é o hidroavião Jahú, que chegou a ter a madeira de suas asas comida por cupins. De 170 hidroaviões italianos Savoia-Marchetti S.55, o apelidado Jahú é o único e teimoso sobrevivente.

Emprestado ao Museu TAM, ele pertence à Fundação Santos Dumont. Esteve exposto no prédio da OCA, onde ficava o Museu da Aeronáutica, no parque Ibirapuera, em São Paulo.

O Jahú é vítima do mito de que teria feito a primeira travessia do Atlântico, antes do norte-americano Charles Lindbergh. De fato, o voo ocorreu antes. Mas a história é mais complexa.

A placa diz que "o modelo foi o escolhido pelo comandante João Ribeiro de Barros, o primeiro a atravessar o Atlântico Sul, em 28 de abril de 1927". Não foi bem assim.

O primeiro voo entre América e Europa foi feito num hidroavião NC-4 da Marinha dos EUA em maio de 1919, saindo da Terra Nova, Canadá, com escala em Açores. O primeiro voo sem escalas da América à Europa foi de um avião de bombardeio britânico Vickers Vimy, em 1919.

Em 1922 foi feito o primeiro voo sobre o Atlântico Sul pelos oficiais portugueses Sacadura Cabral e Gago Coutinho, de Lisboa a Recife, em aviões Fairey FIII-D. Dois aviões foram destruídos nos rochedos de São Pedro e São Paulo; a dupla chegou ao Brasil em um terceiro avião entregue por um navio da Marinha portuguesa.

Em janeiro de1926 um avião alemão Dornier Wal saiu de Palos, Espanha, fez escala nas Canárias e em Cabo Verde e passou por Fernando de Noronha e Recife.

Em fevereiro de 1927 outro Savoia Marchetti S.55, chamado Santa Maria, saiu da Itália, fazendo escalas pela África e por Cabo Verde, e chegou a Fernando de Noronha e Recife. Um avião alemão Dornier Wal "Argos" saiu de Portugal e chegou a Noronha em março de 1927.

O voo do Jahú foi o quinto raide que chegou em Fernando de Noronha. Saiu de Gênova em 18 de outubro 1926 e chegou em 28 de abril 1927.

Lindbergh voou em maio de 1927. Foi o primeiro a fazer o voo direto de Nova York a Paris e sua fama se deve também pelo fato de ter realizado a viagem sozinho. (RBN).




No texto acima o escritor preocupado apenas em desmistificar o hidroavião Jahú menciona o pioneirismo de outras aeronaves e pilotos sem maiores detalhes. Investigamos cada travessia para saber quem realmente foi pioneiro e assim constatamos o que segue:
A primeira travessia aérea transoceânica ocorreu em 1919 e saiu do continente americano rumo ao europeu. Começou no dia 08 de maio e terminou 23 dias depois em 31 de maio. Foi um voo tripulado realizado por pilotos americanos com escalas e para isso foram dispostos 21 navios na rota das aeronaves. 
A segunda travessia e a primeira sem escalas ocorreu também em 1919, no dia 14 de junho e saiu do Canadá com destino na Irlanda, realizada por dois pilotos ingleses portanto outro voo tripulado. 
As duas primeiras travessias saíram da America com destino a Europa, portanto o Atlântico Norte. Já o Atlântico Sul foi transposto na terceira travessia em 1922 por dois pilotos portugueses feitos com escalas. Utilizaram 5 aeronaves e três navios, partiram de Portugal em 30 de março e chegaram em 17 de junho no Rio de Janeiro. Foi a primeira travessia saindo da Europa rumo ao continente americano. 
A quarta travessia foi realizada por um espanhol e sua equipe começando em 22 de janeiro de 1926 e terminando em 10 de fevereiro. Foi a segunda travessia do Atlântico Sul e a segunda vinda da Europa para a América. 
A quinta travessia ocorreu em 13 de fevereiro de 1927 realizada por três italianos. Em 22 de fevereiro decolaram das ilhas do Cabo Verde e aterrissaram em Fernando de Noronha. Foi então a terceira travessia do Atlântico Sul e a segunda sem escalas (pelo menos no trajeto de travessia dos continentes).
Mais quatro pilotos portugueses se arriscam na travessia transoceânica e realizam a sexta passagem em 17 de março de 1927, sendo os primeiros a faze-lo a noite. Foi a terceira travessia sem escalas. 
Eis que chega então a vez de nosso comandante João Ribeiro de Barros e seus auxiliares atravessarem o Atlântico no sétimo lugar. A façanha dos brasileiros aconteceu no dia 28 de abril de 1927, saindo de Porto Praia e chegando em Fernando de Noronha, tornou-se o primeiro americano a realizar a travessia sem escalas num voo tripulado (o segundo piloto americano a realiza-la), a quarta travessia sem escalas e a quarta da Europa para a America.
Neste momento é preciso analisar alguns fatores que justificam a alcunha de herói nacional dada ao jauense João Ribeiro de Barros. Nosso piloto começou o raide em 18 de outubro de 1926 e tinha-se planejado faze-lo em duas etapas. Ocorreu que João Ribeiro em pleno voo percebeu falhas no funcionamento do avião que indicava que o mesmo fora sabotado. Alem disso foi preso, traído e contraiu malaria. Os contratempos impostos ao nosso heróis, possibilitou que no período em que ficou arrumando seu avião e doente, dois aviões fizessem a travessia sem escalas. João Ribeiro de Barros não teve apoio algum do Brasil tendo que investir seus recursos próprios na empreita diferente dos demais pilotos que o fizeram com apoio de seus governos. 
Finalizando, no mês seguinte, em 20 de maio de 1927 o norte americano Charles Lindbergh realizou a oitava travessia do Atlântico, a quinta sem escala e a primeira num voo solitário.
Foi então o terceiro piloto americano a realizar a travessia do Atlântico sem escalas e o segundo a faze-la sem escalas. O primeiro piloto americano foi o brasileiro João Ribeiro de Barros.  


                                                                                                                            Julio Cesar Polli



                                                                                                    

Abaixo as 10 primeiras travessias aéreas transoceânicas. 




Em maio de 1919 pilotos americanos cruzaram o Atlântico partindo da “Estação Aero-naval de Rockaway” voando em um Hidroavião Navy-Curtiss NC-4, com a tripulação formada por: Ten. Walter Hinton e Ten. Elmer Fowler Stone, pilotos; Ten. Albert Cushing Read, comandante e navegador; Ten. James L. Breese e Ten. Eugene T. "Smokey" Rhoads, engenheiros de vôo e Herbert C. Rodd, operador de rádio. E pousaram em 23 dias após, em Plymouth, na Inglaterra no dia 31 de Maio.
Três aeronaves partiram, mas apenas uma concluiu a travessia e 21 navios foram dispostos na rota para guiar as aeronaves.

Hoje o NC-4 encontra-se exposto no Museu Naval em Pensacola, na Flórida.




O Primeiro voo Transatlântico da História da Aviação

Lisboa-Nova York realizado em 16 Maio de 1919 pelo Comandante Albert C. Read



Fernando M. Oliveira                           
Delegado Português da classe de Aerofilatelia na F.I.P.


 NC4

Nas tertúlias aos sábados de tarde no Clube Filatélico de Portugal, o consócio e amigo Mário Dias apresentou-me um postal ilustrado Figura Nº1, colocando a questão se eu sabia algo acerca do assunto. Claro, na altura informei o nosso amigo sobre tudo que me veio à memória sobre o voo do NC4, mas posteriormente pensando melhor, resolvi fazer uma pesquisa mais profunda e elaborar um artigo  para memória futura de forma a habilitar futuros coleccionadores. Este voo não transportou correio por isso o material relacionado com ele, não pode fazer parte de uma colecção de aerofilatelia, mas existe excelente material para uma classe aberta.


O postal ilustrado do nosso amigo Mário Dias mostra a fotografia do Hidroavião Navy-Curtiss NC4 amarando na baía da cidade de Ponta Delgada a 20 de Maio de 1919, depois de fazer o percurso cidade da Horta, ilha de São Miguel.
O hidroavião NC4 fazia parte de uma esquadrilha de três hidroaviões composta pelo NC1 e o NC3, e pertenciam à U.S.Navy que se propunha fazer a travessia do Atlântico Norte, voando de New York para o Canadá, partindo de Trepassey Bay (Terra Nova) directamente para a Europa, escalando os Açores. Havia um premio de 10.000 £ibras instituído pelo jornal “Daily Mail” para quem conseguisse levar acabo a proeza.
John Towers um dos principais cérebros do empreendimento tinha elaborado um plano de voo, o qual se socorria ao uso de 22 navios da Marinha que seriam colocados ao longo do percurso da primeira etapa, distanciados de cerca de 50 milhas entre si, e equipados com holofotes que auxiliariam a navegação dos hidroaviões, dando indicação do rumo a seguir. Os hidroaviões dispunham de equipamento de rádio para comunicarem com os barcos e entre si.
Na preparação da viagem, estava prevista na primeira etapa uma escala em Ponta Delgada, e como amaragem alternativa a baía da cidade da Horta.
Após longos preparativos os hidroaviões partiram de Trepassey Bay pelas 18 horas do dia 16 de Maio de 1919. A primeira parte do percurso dos hidros a serem orientados pelos “destroyers” correu normalmente, até a aproximação da Ilha das Flores já de madrugada onde o “nevoeiro”, dado que não tinha sido previsto pela marinha americana, produziu os seus efeitos. Os hidroaviões com a visibilidade praticamente reduzida a zero e o combustível a chegar ao fim, os comandantes dos hidros NC1 e NC3 optaram por uma amaragem de emergência em pleno oceano, na esperança de serem localizados pelos”destroyers”. O hidroavião NC4 com o nome de”Liberty” comandado por ALbert C. Read cumprindo o plano de voo alcançou a baía da Horta onde amarou às 13.23 GMT, do dia seguinte.
O NC1 ao fazer a amaragem em pleno mar foi destruído por vagas alterosas e a sua tripulação recolhida pelo navio grego “IONIA” que os transportou para a cidade da Horta. O NC3 chegou a Ponta Delgada no limite da sua capacidade e em circunstâncias dramáticas. O hidro amarou a cerca de 200 milhas de Ponta Delgada e devido a avaria do emissor de Rádio, a tripulação não conseguiu contactar os “destroyers” de apoio sendo arrastado pela corrente ao sabor da mareta. Auxiliado por dois motores que ainda funcionavam, ao fim de 53 horas de navegação marítima o NC3 entra na baía de Ponta Delgada, com o comandante Jonh Towers e a tripulação exaustos e o hidro danificado incapaz de voar.


Jonh  Towers  é o primeiro piloto mundial a entrar com um hidroavião no porto de Ponta Delgada, uma vez que Albert C. Read e o NC4 se encontravam na cidade da Horta, mas o NC3 está de tal maneira danificado que não pode prosseguir a viagem até Lisboa.
O secretário de Estado da Marinha Americana Josephus Daniels envia mensagens de felicitações aos aviadores e sabendo que J. Towers não pode prosseguir devido ao NC3 se encontrar avariado dá ordens para que regresse de barco a Plymouth.
Read e o NC4 “Liberty” estacionados na cidade da Horta, aguardam condições atmosféricas mais favoráveis para partirem para Ponta Delgada, o que aconteceu no dia 20 de Maio de 1919 pelas 14.30 horas.
Após uma viagem de 1 hora 40 minutos, o comandante Read e os seus companheiros chegam a Ponta Delgada tendo uma recepção grandiosa por parte da população, igual à que foi dispensada a Jonh Towwers quando dias antes entrou no porto com o seu NC3.
Após uma longa paragem nos Açores devido ao mau tempo, Albert C. Read descola de Ponta Delgada para completar as últimas 800 milhas náuticas do projecto, continuando a socorrer-se da ajuda dos navios balizadores da U.S.Navy. Read chega a Lisboa ao fim de 11 dias aos comandos do seu trimotor NC4 “Liberty”, e assim completar a PRIMEIRA TRAVESSIA AÉREA DO ATLÂNTICO NORTE.




 

O Capitão da RAF (Royal Air Force) John William Alcock e o Tenente, também da RAF, Arthur Whitten Brown, cruzaram o Atlântico em um avião bombardeiro Vickers Vimy modificado, partindo de St. John's, na Terra Nova, no Canadá, à 1h e 45m, do dia 14 de junho de 1919 e chegaram em Clifden, na Irlanda, no dia 15 de junho, num voo de 3.186 km feito em 16 horas e 12 minutos e ainda receberam um prêmio de 10.000 Libras das mãos de Winston Churchill oferecido pelo jornal londrino Daily Mail.



 Vickers Vimy 
Aviadores britânicos John Alcock e Arthur Whitten Brown fez o primeiro non-stop vôo transatlântico , em Junho de 1919. (...) Alcock e Brown voaram num modificado Vickers Vimy bimotor bombardeiro IV alimentado por dois Rolls-Royce Eagle motores, cada um de 360 cv, decolando do Campo de Lester em St. John's ,Terra Nova, em torno de 01:45, 14 de junho de 1919.Quando em condições de má visibilidade errou um pântano como um campo de grama apropriada para a terra, as suas aeronaves tecnicamente caiu na aterrissagem,  perto de Clifden em Connemara, Irlanda, as 8:40 de 15 de junho de 1919. 

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Alcock_and_Brown acessado em 15/04/2011.







O piloto português, Carlos Viegas Gago Coutinho,  e o aviador Artur de Sacadura Freire Cabral, foram os pioneiros da aviação ao efetuarem a  Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul, no hidroavião monomotor Fairey F III-D MkII chamado “Lusitânia”. Partiram de Lisboa, às 16:30h do dia 30 de março de 1922 e chegando em 17 de junho de 1922 pousando em frente à Ilha das Enxadas, nas águas da baía de Guanabara.
Mas para esta travessia foram usados nada menos do que três aviões, pois diversos acidentes ocorreram, e as aeronaves foram prontamente cedidas pelo governo português para que se cumprisse tal feito.







"Gago Coutinho ficou conhecido internacionalmente em 1922, ao realizar, também com Sacadura Cabral, a primeira viagem aérea entre a Europa e a América do Sul." 


 Fairey



Fonte: http://www.calendario.cnt.br/gago.htm acessado em 15/04/2011


"Durante as comemorações do primeiro centenário da independência do Brasil, no ano de 1922, o governo português programa sensacional proeza aérea. Convocando dois de seus mais hábeis aviadores - Gago Coutinho e Sacadura Cabral - e utilizando-se de três aviões "Fairey" : Luzitânia, Santa Maria 1º e Santa Maria 2º e mais uma frota de navios dispostos ao longo do percurso, consegue efetuar o primeiro vôo transoceânico, ligando Portugal ao Brasil."


(Toscano, José Raphael -João Ribeiro de Barros, apontamentos históricos, pag. 11)





O piloto espanhol, Ramón Franco, pilotou um Dornier-DO-J, o “Plus Ultra”, em 1926 num vôo transatlântico, partindo de Palos de la Frontera, na Espanha em 22 de janeiro e pousou em Buenos Aires, na Argentina em 26 de janeiro de 1926, passando por Gran Canária, Cabo verde, Pernambuco, Rio de Janeiro e Montevidéo completando uma jornada de 10.270 Km em 59 horas e 39 minutos.
O “Plus Ultra” encontra-se exposto no museu de Luján, na Argentina.


Em 22 de janeiro de 1926 Ramon Franco descola de Espanha (Palos de Moguer) num Wal batizado "Plus Ultra", rumo à Argentina (Buenos Aires) onde chega a 10 de Fevereiro após 7 etapas. Os 10.270 km foram transpostos em 60 horas de voo. Após uma primeira etapa que os conduziu a Bolama (Guiné) onde chegaram no dia 6, após duas escalas no percurso, prepararam-se para em vôo noturno alcançar o Brasil. Rodeados de peripécias várias, associadas às condições meteorológicas e mecânicas, acabaram por ter de reduzir o número de tripulantes, dado o excessivo consumo de combustível do aparelho. Coube a Dovalle Portugal o sacrifício de não acompanhar os camaradas.

Dornier Do.j Wal

Na noite de 16 para 17 de Março, o “Argos” ergueu-se dos mares da Guiné a caminho da Ilha de Fernando de Noronha, onde chegou após 18 horas e 12 minutos de um voo, onde mais uma vez o sextante desenvolvido por Gago Coutinho, marcou a exactidão do rumo.

Da ilha de Fernando de Noronha, partiram para o natal, depois Recife e a Baía, por fim o Rio de Janeiro, depois de percorrerem 9025 quilómetros em 58 horas e 5 minutos de voo.

Fonte: http://voareamarar.blogspot.com/ acessado em 15/04/2011





Em 13 de fevereiro de 1927, os italianos Francesco De Pinedo, Carlo del Prete e Vitale Zachetti, iniciaram a travessia do Atlântico, utilizando um Savoia Marchetti SM-55, batizado "Santa Maria".
 Em 22 de fevereiro, o “Santa Maria” decolou das ilhas de Cabo Verde e amerissou em Fernando de Noronha após 15 horas de vôo.
No dia 29 de março de 1927, chegaram nos Estados Unidos, onde o “Santa Maria” foi completamente destruído em um incêndio, mas o governo Italiano forneceu outro para concluir a travessia de volta para a Itália.




Em 1927, com Carlo Del Prete e Vitale Zacchetti, partindo de Gênova voou em um Savoia-Marchetti S.55chamado Santa Maria ( em homenagem ao navio em que Cristóvão Colombo descobriu a América ) voou de Roma até Cabo Verde e sobre Buenos Airesfloresta amazônica e Arizona. No que ficou conhecido como o Reide das duas Américas.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Francesco_de_Pinedo acessado em 28/04/2011






Os pilotos militares portugueses, José Manuel Sarmento de Beires e Duvalle Portugal, o navegador Jorge Castilho e o mecânico Manuel Gouveia, cruzaram primeiro em um vôo noturno sobre o Atlântico Sul em um Dornier-DO-J Wal, o “Argos”, cruzando o Atlântico da Guiné-Portuguesa (Bolama) e pousando em Fernando de Noronha, no Brasil em 17 de março de 1927.
O “Argos” se acidentou na costa do Pará, sendo totalmente destruído.





Em 1 de março de 1927 os portugueses Sarmento de Beires, Jorge de Castilho e Manuel Gouveia utilizam um Wal batizado "Argos", para uma viagem de Lisboa ao Brasil (Natal) onde chegaram a 18 de Março. A etapa mais impressionante desta viagem realizou-se entre a Guiné e Fernando Noronha, entre o fim da tarde de 16 de Março e a manhã seguinte, percorrendo os 2.595 km em 18 horas e 11 minutos, a maior parte das quais de noite, provando assim a validade do sistema de navegação desenvolvido por Gago Coutinho também para os voos aéreos noturnos.

fonte: http://www.oocities.org/aeromodelismoemportugal/wal.html acessado em 15/04/2011





O piloto brasileiro João Ribeiro de Barros concluiu a travessia do Atlântico Sul, no dia 28 de abril de 1927, a bordo do hidroavião “JAHÚ”, partindo de Cabo Verde, na África e pousando nas proximidades da ilha de Fernando de Noronha. Juntamente com seus companheiros: Arthur Cunha, na primera fase da travessia, e depois João Negrão (co-pilotos), Newton Braga (navegador), e Vasco Cinquini (mecânico), partiram de Gênova, em Itália, fazendo escalas em Espanha, Gibraltar, Cabo Verde, e Fernando de Noronha e depois em Natal, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Santos e finalmente pousando na represa de Santo Amaro, em São Paulo.
O ”JAHÚ” encontra-se exposto no “Museu da Tam” na cidade de São Carlos – SP.





O piloto norte-americano Charles Augustus Lindbergh partiu do Condado de Nassau, Estado de Nova Iorque, EUA, em 20 de maio de 1927, pousando em Paris, França, no dia seguinte. O avião usado por Lindbergh chamava-se "The Spirit of Saint Louis". O vôo de Lindbergh levou 33 horas e 31 minutos. Lindbergh recebeu o "Prêmio Orteig", de 25 mil dólares, em oferta desde 1919.





        Em 12 de abril de 1928 os pilotos alemães, Ehrenfried Günther Freiherr von Hünefeld e Hermann Köhl, voaram de Baldonnel na Irlanda com o avião “Bremen” pousando em Greenly Island na costa sul de Labrador, no Canadá, sendo os primeiros a fazer a travessia da Europa para a América do Norte






10º

O piloto alemão Wolfgang Von Gronau, iniciou o voo transatlântico em 18 de agosto de 1930 com o Dornier - Wal (D-1422), e estabeleceu a rota aérea norte sobre o Atlântico ( Sylt, na Alemanha – Iceland – Greenland – Labrador – Nova Yorque) percorrendo 4.670 milhas em 47 horas de vôo.









Agradecimentos especiais ao amigo e colaborador Alexandre Ricardo Batista
veja também sua página em 

http://bndigital.bn.br/redememoria/jahu.htm 



segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O Jardim de Baixo – de Largo do Rosário a Praça da República.

Julio Cesar Polli
Professor de História
Diretor do Museu Municipal José Raphael Toscano de Jahu– 2014/2015.


A Praça da República, mais conhecida como “Jardim de Baixo” é até hoje um lindo cartão postal da nossa cidade. O lugar recebeu diversas denominações ao longo dos anos, mas sempre manteve seu caráter de utilidade pública para o entretenimento, e embora muitos falem dela, poucos conhecem a verdadeira História desta  centenária praça.
Segundo a professora de História Patrícia Alonso, “o espaço público, nas primeiras décadas da história de Jahu era apenas um descampado onde pastavam animais, existia no local um chafariz para o abastecimento de água da população. A área era conhecida como Largo do Rosário, devido a uma capela localizada nas imediações”. (1)
Em 14 de novembro de 1884 é construído neste local um teatro (2) de nome São Manuel. Fora construído por João Lourenço de Almeida Prado, Manuel Vidal de Carvalho Neves e Manoel Coimbra e por este tempo o lugar passou a ser conhecido como “Largo do Teatro”. O jornalista Murilo de Almeida Prado citando Alberto Gomes Barbosa, afirma em um artigo que este teatro veio a servir de hospedaria de imigrantes e quartel de uma força do exército aqui destacada para a segurança dos trabalhadores do Alto Paraná contra o ataque de índios até que, em fins do século XIX fora reformado pelo Cel. Manoel Coimbra que mudou seu nome para Carlos Gomes (3) .

Figura - Jaú em 1888. Na mesma direção da ponte indo para igreja, o fundo do Teatro São Manoel.


Reformado pelo Cel. Manoel Coimbra, o “novo” Carlos Gomes e o Largo do Teatro continuaram a abrigar inúmeras atrações como, por exemplo, os festejos de 07 de setembro de 1909 (4), cujo programa sobre a independência brasileira se deram no Largo do Teatro e no Teatro Carlos Gomes. Em outubro do mesmo ano realizaram-se os “imponentes” festejos em honra a Nossa Senhora do Patrocínio (5).
O Cel. Manoel Coimbra era segunda descrição da época “português de rija tempera, franco, bondoso e serviçal” (6) e muito atuante na arte de entreter o público. Assim logo trouxe para Jahu o cinematógrafo exibindo diversos filmes no Teatro Carlos Gomes (7).
Havia a preocupação do legislativo em construir um novo teatro em outro local e pertencente à municipalidade. Assim, a Câmara Municipal aprova em 04 de dezembro de 1909 o projeto de Lei chamando concorrentes para a construção de um teatro para diversões públicas, de acordo com a planta e orçamento adotado pela mesma, sendo concedido ao concorrente o uso e gozo do mesmo teatro. Estipulava ainda que o concorrente receberia auxílio para a construção do teatro, a importância de 23:306$200, proveniente do adicional de 20% arrecadados nos anos de 1907 e 1908 e forneceria também o terreno situado na esquina da rua Tenente Lopes com a rua Riachuelo. (8)
Em 29 de dezembro de 1909, publica-se no Jornal Comércio do Jahu, edital chamando concorrentes para a construção dos passeios nos largos da Matriz, do Teatro e Praça Ribeiro de Oliveira (atual Grupo Escolar Estadual Major Prado) (9). Informa a Câmara em sessão ordinária de 03 de janeiro de 1910, foram abertas e lidas três propostas, ganhando o construtor italiano Torello Dinucci pela razão de 6$150 e 6$200 por metro quadrado. (10)

Figura - Festividades no Largo do Teatro, notar o serviço de guias e sarjetas construídas pelo construtor italiano Torello Dinucci. Aproximadamente primeiro semestre de 1910.

Não havendo interessados para a construção do novo Teatro Municipal, em 02 de março de 1910, a Câmara Municipal altera a Lei nº 193 que chama concorrentes para a construção de um teatro facultando a estes a cessão gratuita do terreno na esquina da Rua Tenente Lopes com a Rua Riachuelo, ou outro lugar que melhor convenha, onde deverá ser construído o mesmo teatro. (11)
Em 30 de março de 1910 a empresa M. Coimbra (do Cel. Manoel Coimbra) teve despacho favorável da Câmara Municipal ao seu requerimento para construir anexo ao teatro “Carlos Gomes” um salão de cada lado do mesmo teatro, destinados a servirem de botequim, bilheteria e sala de espera. (12) Em 14 de maio, um sábado, foi inaugurada a espaçosa sala de espera. (13)


Figura Obras de reparo da rede de esgoto na Rua Major Prado, acima perto das carroças é possível verificar o aumento lateral executado pelo Cel. José Manoel Coimbra. Aproximadamente no segundo semestre de 1910.

As discussões sobre onde deveria ser construído o novo teatro fomentou diversos debates na Câmara Municipal até que 16 de maio de 1910 em sessão ordinária foram nomeados os vereadores Orozimbo Loureiro, Álvaro Botelho e cel. José Veríssimo Romão para escolherem o local para a futura construção do novo teatro. (13) Esta comissão apresentou seu relatório na sessão da Câmara de 16 de junho de 1910, contendo o seguinte parecer: “(...) Depois de percorrer os diversos pontos da cidade, assentou a Comissão que o melhor local para a edificação do teatro de que se cogita é o Largo do Teatro em que se acha o Teatro Carlos Gomes, em sua parte inferior de modo que fique o novo teatro com sua fachada voltada para o lado de cima correspondente ao fundo do Teatro Carlos Gomes, tendo fundo na linha da Rua ou Travessa Municipal (atual Rua Conde do Pinhal), guardando o edifício igual distância das Ruas Major Prado e Edgard Ferraz. Uma vez demolido o Teatro Carlos Gomes, ficará uma Rua bem larga na frente do novo Edifício, devendo ser ajardinado o resto do Largo da parte inferior assim como serão ajardinados os espaços laterais do mesmo edifício. Jahu, 16 de junho de 1910 – Álvaro Botelho, José Veríssimo Romão”. O Vereador Orozimbo Loureiro foi contra o parecer argumentando que a cidade perderia sua maior praça e que o local para a construção do novo teatro deveria ser outro. (14)
Em relatório anual publicado em 13 de agosto de 1910 no Jornal Comércio do Jahu (15), a prefeitura afirma que pela constante preocupação com o ajardinamento dos largos e praças da cidade, ordenou que se levantassem as plantas para os jardins e parques a serem construídos na Praça Jorge Tibiriçá e Largos da Matriz e do Teatro, sendo encarregado deste serviço o Dr. José Esteves Ribeiro da Silva, então diretor da repartição de obras do Estado de São Paulo.

Figura - Planta do novo Largo do Teatro, assinada em 24 de dezembro de 1910.

Não existe lei ou decreto que altere o nome de Largo do Teatro para Praça da República, mas o fato é que isto ocorreu em agosto de 1910 durante a intendência de Constantino Fraga. A primeira menção encontrada nas Atas da Câmara de Praça da República ao invés de Largo do Teatro aparece por meio de uma representação de moradores apresentada em 16 de agosto de 1910 ao qual os “moradores da Praça da República” no trecho em que estava sendo reformado o calçamento pediam agilidade nos trabalhos, alegavam eles no oficio que a morosidade do referido serviço “tem-lhes causado grandes prejuízos, visto que aquele trecho da Rua esta intransitável”. (16) No dia seguinte, ou seja, 17 de agosto de 1910 (17) aparece publicada no jornal Comércio do Jahu a primeira menção a Praça da República através de uma notícia avisando que em virtude dos consertos realizados no Jardim Público (atual Praça Siqueira Campos), as bandas de musica tocariam aos domingos na Praça da República, sendo para isso construído um coreto provisório e removidos para aquele lugar os bancos do jardim. Este coreto foi edificado por iniciativa do cel. Manoel Coimbra coadjuvada pelos comerciantes da Praça da República (18).

Figura - Em 16 de agosto de 1910, os moradores da Praça da República reclamaram junto a Câmara Municipal que no trecho em que estava sendo reformado o calçamento (Rua Major Prado) que a morosidade do referido serviço “tem-lhes causado grandes prejuízos” e por isso pediam agilidade. Ao fundo algum circo instalado na Praça.

O Largo do Teatro simplesmente foi renomeado como Praça da República em agosto de 1910 e era completamente diferente da Praça da República que conhecemos hoje, pois ainda abrigava em seu centro o Teatro Carlos Gomes e agora um coreto improvisado.


Figura - O coreto construído em agosto de 1910 para abrigar as bandas enquanto o Jardim Público (Praça Siqueira Campos) estivesse em reforma.

A planta da Praça da República que conhecemos foi assinada pelo engenheiro José Esteves Ribeiro da Silva em 24 de dezembro de 1910 na capital paulista, mas seus trabalhos não se iniciaram no ano seguinte, 1911, como é comumente mencionada sua inauguração. Aliás, na referida planta consta o nome “Largo do Teatro”.
Por motivos que ignoramos a principal corporação musical da época em Jahu, a banda Carlos Gomes, regida pelo maestro italiano Heitor Azzi se apresentou pela primeira vez nesta Praça da República em 15 de novembro de 1911 (19) como parte dos festejos da proclamação da República executando o seguinte programa a partir das 18 horas:
1 – F. Manoel – Hino Nacional
2- Calzelli – Marcha Peripatética
3 – Berger – Valse Enchantée
4 – Zeller – O vendedor de pássaros – Pot-pourri
5 – Strauss – Sonha de Valsa
6 – Dall’argine – Robinson Crusoé
7 – Campedelli – La vittoria – Marcha Militar
8 – F. Manoel – Hino Nacional
“A noite realizou-se um animado baile no Teatro Carlos Gomes que se prolongou até a madrugada” noticiou o cronista do Comércio do Jahu na ocasião.
A Praça da República também abrigava nesta época apresentações de Circo, como noticiado em 13 de janeiro de 1912 no Comércio do Jahu.
Figura - O Jardim Público (atual Praça Siqueira Campos) após a reforma de 1911. Ao fundo percebe-se o Teatro Carlos Gomes com os dois anexos inaugurados em maio de 1910.

O Cel. Manoel José Coimbra conseguiu da Câmara Municipal subvenção de 35:000$, isenção de impostos e outros favores para construir um grande teatro, que segundo os cálculos ficaria no total em pouco mais de 120:000$. (20) Lançou a primeira pedra em 11 de fevereiro e o terreno escolhido foi a Rua Edgard Ferraz fazendo fundos com a Rua Marechal Bittencourt.
Tudo acontecia dentro da normalidade, o Teatro Carlos Gomes recebendo espetáculos e organizando apresentações de filmes, como a anunciada em 15 de junho de 1912, porém um fato inédito ocorrera no sábado dia 29 de junho deste mesmo ano, o Teatro Carlos Gomes estava fechado (21). O motivo saberíamos posteriormente, o Cel. Manoel José Coimbra adoecera e em 05 de julho de 1912 falece aos 73 anos de idade.
A família do finado Cel. Manoel José Coimbra continua os espetáculos, assim em 24 de julho de 1912 é noticiado que o Carlos Gomes seria reaberto para abrigar a Companhia Carrara. (22) Em 31 de julho foi a vez do ilusionista indiano “Dr. Richard” fazer uma temporada no Teatro Carlos Gomes. (23) De fato foi a ultima temporada apresentada no velho Carlos Gomes. No final do ano, em 14 de dezembro é noticiado que estavam sendo removidos os últimos escombros do velho Carlos Gomes. (24) Daqui por diante até 1916 onde paramos com nossa pesquisa não se encontrou mais informações sobre a continuação desta obra após o falecimento do Cel. Manoel José Coimbra.
O Jornal Comércio do Jahu noticia em 14 de agosto de 1912, que era intenção da Câmara Municipal construir um novo jardim na Praça da República. Seu orçamento total era previsto em 200 contos de réis. Em 31 de agosto chegaram de trem os “elegantes e artísticos” postes a serem colocados na Praça da República, “mais ou menos iguais aos que existem no Teatro Municipal de São Paulo” (27)
A previsão para o inicio das obras era 11 de outubro de 1912, a planta achava-se na repartição de obras. (25) Porém os serviços começaram antes de 4 de outubro pois nesta ocasião o jornal Comercio do Jahu noticia que os canteiros estavam prontos e com as ruas delineadas, estando em adiantamento as sarjetas e anteparo dos canteiros que eram feitos com tijolos brunidos, vindos especialmente da capital. O coreto ainda estava só na base e fora projetado para comportar até 60 músicos. Para a iluminação elétrica estavam sendo colocados canos subterrâneos por onde passaram os fios. (28) Nos primeiros dias de dezembro foram iniciados pelo engenheiro municipal Antonio Gomes dos Reis os serviços preliminares de terraplanagem e locação propriamente das curvas do jardim. (32)
O Balancete publicado pela Câmara Municipal de Jahu em 24 de julho de 1913, fixa as despesas “extraordinárias” na execução do Parque da Praça da República, orçamento 48:000$000, despesas pagas, 7.629$850. (26)
Em 12 de março de 1914 a Câmara Municipal de Jahu publica balancete até 31 de dezembro de 1913 onde consta como despesa extraordinária o ajardinamento da Praça da República, despesa fixada 48:000$000, despesas pagas 14:206$150 (29)
Uma notícia inusitada nos dá idéia de quando ficou pronto o coreto da Praça da República. Um operário de nome Francisco Crischioli, de 35 anos de idade, ocupava-se por pintar o teto do novo coreto quando falseando um pé na taboa do andaime caiu de uma altura de 5 metros, machucando-se em diversas partes do corpo. O ferido foi conduzido em automóvel para sua residência onde recebeu os curativos necessários. Tudo isso ocorreu em 26 de março de 1914. (30)
As obras transcorriam durante o ano de 1914. Em junho de 1915, mesmo sem estar totalmente pronto, o novo Jardim já era regularmente concorrido para os passeios na calçada, pois a Praça achava-se cercada com arame farpado (31)
Finalmente em 30 de junho de 1915 foi franqueado ao público o ingresso imediato logo após a retirada da rústica cerca de arame farpado que o circundou desde o início da sua construção. De março de 1914 até 30 de junho de 1915 encarregou-se de terminar os serviços o engenheiro Horácio Sodré. (33) Não houve inauguração ou ato solene.


Figura - A Praça da República, finalmente "franqueada ao povo" em 30 de junho de 1915.
A primeira apresentação no novo coreto da Praça da República foi noticiada somente no sábado dia 19 de agosto de 1916, na ocasião, a banda “A Popular” se apresentaria no domingo as 18h. Regida por Américo Gobbato, o concerto no Jardim obedeceu o seguinte programa:
1 – “La Morena” – Dobrado
2 – São Paulo – Dobrado
3 – Idolo – Dobrado
4 – Lucreia Borgio – Sinfonia
5 – Quebra Pau Queimado – Tango
6 – Festa em Campanha – Sinfonica
7 – Meus passados – Valsa
8 – O ferro de Campina – Caterête
9 – Cinco Irmãos – Dobrado.(34)
A primeira execução da corporação musical “Carlos Gomes”, regida pelo Maestro Heitor Azzi apresentou-se pela primeira vez neste novo coreto em 14 de setembro de 1916 (35)
Foi assim que se deu a construção deste majestoso ponto turístico e histórico em Jahu.




Referências:
  1. Revista Energia – ano 4 – Edição 40 – Dezembro de 2013 pg. 22
  2. Comércio do Jahu – 17/11/1909 - Ano II – nº 131
  3. O Velho Teatro e o Jardim de Baixo – José Murilo de Almeida Prado – Comércio do Jahu (?)
  4. Comércio do Jahu – 04/09/1909 - Ano II – nº 110
  5. Comércio do Jahu – 06/10/1909 – Ano II – nº 119
  6. Comércio do Jahu – 27/03/1915 – Ano VII – nº 771
  7. Comércio do Jahu – 06/11/1909 – Ano II – nº 128
  8. Comércio do Jahu – 04/12/1909 – Ano II – nº 136
  9. Comércio do Jahu – 29/12/1909 – Ano II – nº 143
  10. Comercio do Jahu – 12/01/1910 – Ano II – nº 147
  11. Comércio do Jahu - 12/03/1910 – Ano II – nº 164
  12. Comércio do Jahu – 30/03/1910 – Ano II – nº 168
  13. Comércio do Jahu – 18/05/1910 – Ano II – nº 182
  14. Comércio do Jahu – 25/06/1910 – Ano II – nº 193
  15. Comércio do Jahu – 13/08/1910 – Ano III – n º 207
  16. Ata da Câmara Municipal de Jahu – 16/08/1910
  17. Comércio do Jahu – 17/08/1910 – Ano III – nº 208
  18. Comércio do Jahu – 27/08/1910 – Ano III – nº 211
  19. Comércio do Jahu – 15/11/1911 – Ano IV – nº 347
  20. Comércio do Jahu – 17/01/1912 – Ano IV – nº 364
  21. Comércio do Jahu – 29/06/1912 – Ano IV – nº 409
  22. Comércio do Jahu – 24/07/1912 – Ano IV – nº 416
  23. Comércio do Jahu – 31/07/1912 – Ano V – nº 418
  24. Comércio do Jahu – 14/12/1912 – Ano V – nº 457
  25. Comércio do Jahu – 11/09/1912 – Ano V – nº 430
  26. Comércio do Jahu – 24/07/1913 – Ano V – nº 534
  27. Comércio do Jahu – 06/09/1913 – Ano V – nº 554
  28. Comércio do Jahu – 04/10/1913 – Ano V – nº 566
  29. Comércio do Jahu – 12/03/1914 – Ano VI – nº 633
  30. Comércio do Jahu – 28/03/1914 – Ano VI – nº 640
  31. Comércio do Jahu – 12/06/1915 – Ano VII – nº 802
  32. Comércio do Jahu – 26/06/1915 – Ano VII – nº 808
  33. Comércio do Jahu – 01/07/1915 – Ano VII – nº 810
  34. Comércio do Jahu – 19/08/1916 – Ano IX – nº 982
  35. Comércio do Jahu – 14/09/1916 – Ano IX – nº 993