sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Pinturas de Buié - artista de Jaú


As tribos Omos vivem entre Etiópia, Quênia e Sudão.

Região vulcânica do grande vale de Rift, que oferece uma paleta imensa de pigmentos, ocre vermelho, caulim branco, verde cobre, amarelo luminoso ou cinzento.

Biué - a força de sua arte se resume em três palavras: os dedos, a velocidade e a liberdade.

sua arte esteve exposta na casa de Cultura Henrique Pacheco de Almeida Prado















sábado, 13 de novembro de 2010

Festival Hilda Hilst - Jaú 2010

Participem da Programação
acessem:

www.violentamentedoce.com



Hilda, nem te cansas de olhar-nos de onde estas? A tua sábia ausência. Será?

Entre nós você amanheceu num dia lindo... lindo como você.

A loucura, a beleza e a poesia foram tua herança, Ariana dos cafezais. Nova viu tua estrela, seus cães.

E sozinha, simultânea, adolescente ouviu o vento e ausentando-se da terra roxa seguiu cantando para uma casa no Sol.

Mas escuta Hilda, isso não me aborrece, porque o Sol brilha , irradia e aquece.

Penso se esteve em tempo errado, incompreensíveis ou se você veio para mudar um pensamento, uma época, fico com a segunda opinião. Abra-nos tuas janelas tu que fostes predestinada a conduzir as mulheres para os justos lugares delas... mesmo que não quisesse, que pudesse escolher. Tua genialidade o fez.

E só por isso seria-te grato pela eternidade e orgulhoso porque a poeira vermelha que sujou tua roupa um dia também suja a minha.

Naturalmente sedutora Hilda Hilst, a linda moça que saiu de Jaú para o mundo encarnada de poesia buscou refugio na Casa do Sol em Campinas. Tua busca constante de ti mesma deixou para nós um rastro de vários livros de esplendida beleza que foram trilhados em seus caminhos não óbvios. Quantas palavras encantadas, quantas visões com “seus olhos de cão”... E tua mãe sonhava-a bailarina a linda e encantadora moça mágica que cantou ensolarada e chamou de obsceno o silêncio, amou seu tempo em tuas visões futuristas oh! Coração que tanto bates como diria Drumonnd. Da poesia muitas reflexões de repensar o mundo, da política. Comunicar-se com o alem também, alem de nós, alem desta vida, alem das estrelas, alem... Alem.

Rompendo padrões queria ter tempo para escrever tudo o queria dizer. E escreveu. Hilda segundo ela, entre terras foi água. Para nós uma estrela que orgulha qualquer jauense, uma estrela cadente chamada Hilda Hilst.

minha homenagem a Hilda Hilst.

Julio Cesar Polli - Jaú, 18 de novembro de 2010.



Para mais informações sobre o festival Hilda Hilst acessem o site da Secretaria de Cultura e Turismo de Jaú

Cultura Jaú

Dica : baixe grátis o cd "Ode Descontínua e Remota para Fauta e Oboé - de Ariana para Dionísio" - poemas de Hilda Hilst musicados por Zeca Baleiro.


sábado, 30 de outubro de 2010

Dia de Finados II - outras manifestações culturais

La Catrina do México - esta bem que poderia ser uma noiva para a nossa "Caveirinha"...


No México a comemoração ao dia de Finados é diferente da nossa. Lá existe uma festa popular que é muito anterior a chegada dos espanhóis e de origem indígena. Mais uma vez buscamos no Wikipédia uma explicação rápida e simples para este dia.

No México, o Dia dos Mortos é uma celebração de origem indígena, que honra os defuntos no dia 2 de novembro. Começa no dia 1 de novembro e coincide com as tradições católicas do Dia dos Fiéis Defuntos e o Dia de Todos os Santos. Além do México, também é celebrada em outros países da América Central e em algumas regiões dos Estados Unidos, onde a população mexicana é grande. A UNESCO declarou-a como Patrimônio da Humanidade.

As origens da celebração no México são anteriores à chegada dos espanhóis. Há relatos que osastecas, maias, purépechas, náuatles e totonacas praticavam este culto. Os rituais que celebram a vida dos ancestrais se realizavam nestas civilizações pelo menos há três mil anos. Na era pré-hispânica era comum a prática de conservar os crânios como troféus, e mostrá-los durante os rituais que celebravam a morte e o renascimento.

O festival que se tornou o Dia dos Mortos era comemorado no nono mês do calendário solar asteca, por volta do início de agosto, e era celebrado por um mês completo. As festividades eram presididas pela deusa Mictecacíhuatl, conhecida como a "Dama da Morte" (do espanhol: Dama de la Muerte) - atualmente relacionada à La Catrina, personagem de José Guadalupe Posada - e esposa de Mictlantecuhtli, senhor do reino dos mortos. As festividades eram dedicadas às crianças e aos parentes falecidos.

É uma das festas mexicanas mais animadas, pois, segundo dizem, os mortos vêm visitar seus parentes. Ela é festejada com comida, bolos, festa, música e doces preferidos dos mortos, os preferidos das crianças são as caveirinhas de açúcar.

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Festa_do_dia_dos_mortos



Nesta ocasião aproveitamos também para fazermos uma pequena reflexão sobre o que é a morte e se existe ou não vida além dela.




Dia de Finados - Origem

Santa Maria com Papoula - a flor representaria a morte.


Como parte de nosso estudo é voltado ao Cemitério de Jaú e as temáticas relacionadas, buscamos nesta ocasião onde celebramos o Dia dos Mortos fazer uma reflexão sobre as origens deste dia.
Mas de onde vem essa tradição?
Buscamos uma resposta imediatista na Wikipédia. Segundo essa biblioteca virtual:

O Dia dos Fiéis Defuntos, Dia dos Mortos ou Dia de Finados é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de novembro.
Desde o século II, alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava
e dos quais ninguém lembrava. Também o abade de Cluny, santo Odilon, em 998pedia aos monges que orassem pelos mortos. Desde o século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII(1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos. A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição (cf. Tobias12,12; 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46), e se apóia em uma prática de quase dois mil anos.

Os Protestantes em geral, afirmam que a doutrina da Igreja Católica, que recomenda a oração pelos falecidos, é desprovida de fundamento bíblico. Segundo eles, a única referência a este tipo de prática estaria em II Macabeus 12,43-46. Porém os protestantes e evangélicos, pelo fato de serem, Ansinus in cathedra, não reconhecem a canonicidade deste livro e nem a legitimidade desta doutrina, uma vez que o Protestantismo não se submete às tradições católicas.

Segundo a interpretação protestante, a Bíblia diz que a salvação de uma pessoa depende única e exclusivamente da sua na graça salvadora que há em Cristo Jesus e que esta fé seja declarada durante sua vida na terra (Hebreus 7.24-27; Atos 4.12; 1 João 1.7-10) e que, após sua morte, a pessoa passa diretamente pelo juízo (Hebreus 9.27) e que vivos e mortos não podem comunicar-se de maneira alguma (Lucas 16.10-31).

Os Protestantes observam o dia de Finados para lembrar das coisas boas que os antepassados deixaram, como o legado de um caráter idôneo, por exemplo. Mas acreditam que as pessoas precisam ser cuidadas, unicamente, enquanto estão vivas.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_dos_Fi%C3%A9is_Defuntos


Le Jour des morts - pintura do Artista William Adolphe Bouquereau


Neste dia de finados em Jaú são esperados cerca de 25 a 30 mil pessoas.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Poemas de Hilda Hilst


Poemas aos Homens do nosso Tempo

de Hilda Hilst

Amada vida, minha morte demora.

Dizer que coisa ao homem,

Propor que viagem? Reis, ministros

E todos vós, políticos,

Que palavra além de ouro e treva

Fica em vossos ouvidos?

Além de vossa RAPACIDADE

O que sabeis

Da alma dos homens?

Ouro, conquista, lucro, logro

E os nossos ossos

E o sangue das gentes

E a vida dos homens

Entre os vossos dentes.

(Júbilo Memória Noviciado da Paixão(1974) - Poemas aos Homens do nosso Tempo - II

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Arte, Histórias e Versos no Cemitério de Jaú - um pouco de tudo...

Arte: A Santa Therezinha de Roque de Mingo no Cemitério Municipal de Jaú Ana Rosa de Paula.

(Quadra A, Rua I, nº 5)

Na obra de Roque de Mingo é possível perceber a semelhança da foto da Santa Therezinha e qualidade do artista em reproduzir com tamanha perfeição a mesma forma física da Santa (*) (Teresa de Liseux - Alençon, 2 de janeiro de 1873 - Liseux, 30 de setembron de 1897 - foi uma relisiosa carmelita francesa e Doutora da Igreja. É conhecida como Santa Tereza do Menino Jeus e da Santa Face ou, popularmente Santa Terezinha).

acesado em 29/09/2010

Versos : Mário Quintana escreveu sobre o Cemitério pelo menos dois versos que dizem respeito ao imaginário sobre a morte, um deles é este: (*)

Inscrição para um portão de cemitério

(Quadra A, Rua R)

Na mesma pedra se encontram conforme o povo traduz,
Quando se nasce uma estrela
Quando se morre uma cruz
Mas quantos que aqui repousam
Hão de nos emendar-nos assim,
"Ponha-me a cruz no princípio...
E a luz da estrela no fim!..."

Mário Quintana

(*) A pedra é do Cemitério de Jaú


Histórias / Mitos: Viviane TufiK Curi


É tida como "santinha", "beata", pois realiza segundo a crença popular milagres. Viviane faleceu muito nova. Antigamente essas crianças novas falecidas eram chamadas de "anjos" pois não tiveram tempo nem de pecar, faleceram então sem pecados. Esses "anjos" poderiam interceder perante a família.
Em algumas sepulturas de anjos é possível ler o pedido da família pelo zelo do "anjinho" que retornou a pátria espiritual.


Histórias / Mitos : A estátua do "Túmulo da Caveirinha"

(Quadra B, Rua K, nº 34)

Muito se fala do "Túmulo da Caveirinha" mas nada, absolutamente nada sobre a imagem que a caveira faz parte. Trata-se de São Gabriel da Virgem Doloros (*vide biografia abaixo).
A Família de Miguel Di Martino (ou Martino), italiano que aportuguesou o nome como muitos dos nossos antepassados, faleceu Miguel Martins, era ótima pessoa sendo conhecido como "Miguelão". Miguel e sua esposa eram devotos deste santo desde os tempos da Itália. Quando ele faleceu sua esposa encomendou uma estátua do santo da qual a família é devota ainda hoje.
A família pede para o santo, o povo pede para a caveira.

(*) Nasceu no ano de 1838, na cidade de Assis, de família nobre. Embora tenha perdido muito cedo sua mãe, recebeu do pai ótima educação na fé e piedade. Seu nome de batismo era Francisco e era um jovem muito inteligente. Gostava de teatro, bailes e leitura de romances. Francisco estava com os pés, como que em duas canoas, já que piedoso e, muitas vezes, arrependido dos pecados, ainda dava brecha ao inimigo através de vaidades. Desde cedo era chamado ao sacerdócio, mas sempre ia deixando de lado seu chamado e suas promessas. Deus, porém ia batendo-lhe no coração, mas sempre resistia.
Foi atacado duas vezes por grave enfermidade. Prometeu entrar num convento, caso obtivesse a cura. A cura aconteceu, mas ele voltou atrás, até que aconteceu algo doloroso para ele: a morte de sua irmã Luisa, a quem tanto se dedicava. Esse fato feriu seu coração, deixando-o desiludido da vida. Foi durante uma procissão de Nossa Senhora da Glória, que sentiu na alma as palavras: “Francisco, o mundo não é para ti; Deus te quer no convento”. Deixou tudo para trás. Tomou o nome de Gabriel e consagrou-se a Deus. Enfrentou o sofrimento da tuberculose e preparou-se santamente para a morte, onde Deus o recolheu aos 24 anos de idade. Era o dia 27 de fevereiro de 1862. Milagres de cura aconteceram já durante o seu sepultamento. A vida de São Gabriel nos mostra claramente que Deus tem os seus caminhos quando põe os olhos num escolhido.

http://congregacaodagloria.blogspot.com/2009/06/5-sao-gabriel-da-virgem-dolorosa.html

acessado em 8 de setembro de 2010.

Versos / Histórias : Apolônio Hilst e o verso de sua filha em seu epitáfio.


De sua filha, Hilda Hilst para ele em seu epitáfio:


E ainda que as janelas

se fechem

meu pai é certo

que amanhece


De Apolônio Hilst sobre a liberdade:

É alta e loira.
E nem ouro e altura estilizada.
Orgulhosa e soberana,
tem pose, gestos, figura
e formas de escultura
parnasiana.
Mais nada.

De olhos cor da cinza, tristonhos,
olheiras, spleen ou sono,
não sei se filha dos meus sonhos
ou figura de abandono.
Dizem que tem uma paixão atlântica
por certo moço louro e nunca
lhe diz nada.
É uma balada
romântica.

Não sei da cor, não sei da altura,
não sei do gesto.
Há nela tal mistura
de traços, cor, formas, posturas,
chipre e sândalo
que a estes meus olhos de burguês honesto
é um escândalo
de formosura!
É a mais mulher por ser a mais artista:
um poema futurista...

sábado, 25 de setembro de 2010

Terceiro passeio noturno ao Cemitério Municipal Ana Rosa de Paula de Jaú em 25-09-2010

Eu e a estátua "Saudade" de Eugênio Prati

Apesar da frente fria que chegou em nossa região logo após as 12:00 h trazendo chuva e uma previsão não muito otimista de chuva a noite e pelo fim de semana a fora, tivemos o 3º passeio noturno ao Cemitério Ana Rosa de Paula de Jaú (SP).

Com participação estimada de 30 pessoas, a tour ocorreu sem nenhum transtorno. Além do ótimo publico, que não foi maior pela apreensão da chuva, a TV Record esteve presente e cobriu o evento.

Depois de trocarmos informações durante o passeio, quase no final, a Lua mostrou sua fase como a dizer "boa noite".

Ah! só para registrar, esta o maior calor e nem uma gota de chuva neste sábado até agora...